Por Fabio Reynol - Agência FAPESP - Um estudo verificou que mulheres acima de 60 anos que praticam 150 minutos por semana de atividades físicas moderadas, como caminhadas, consomem menos remédios em comparação às que não têm o mesmo hábito.
A conclusão é de Leonardo José da Silva, no trabalho de mestrado "Relação entre nível de atividade física, aptidão física e capacidade funcional em idosos usuários do programa de saúde da família", realizado na Universidade Federal de São Paulo com Bolsa da FAPESP.
Silva acompanhou 271 mulheres com idade acima de 60 anos que participaram do Programa de Saúde da Família, organizado pela Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.
As participantes que cumpriram um programa de exercícios variados de no mínimo 150 minutos semanais apresentaram consumo de medicamentos 34% menor em comparação às mais sedentárias.
"Esse tempo mínimo de exercícios de 2,5 horas semanais é preconizado pela American Heart Association e pelo American College of Sports Medicine", disse Silva à Agência FAPESP. Com menos de 10 minutos semanais de atividade física o indivíduo é considerado sedentário e entre 10 minutos e 150 minutos de exercícios por semana ele é categorizado como insuficientemente ativo.
Os resultados do estudo de Silva foram apresentados em maio no 3th International Congress Physical Activity and Public Health realizado em Toronto, no Canadá.
Silva contou com uma parceria entre a Unifesp e o Centro de Estudos de Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs). Guiomar Silva Lopes, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp e orientadora de Silva, considera o programa oferecido pela cidade paulista aos idosos uma valiosa fonte de pesquisa. "Trata-se de uma população pequena e estável, o que facilita o acompanhamento dos participantes durante prazos mais longos", disse.
As atividades físicas disponibilizadas incluem caminhadas, exercícios de aprimoramento de força muscular, equilíbrio, flexibilidade e capacidade aeróbica. Há também visitas domiciliares feitas por agentes de saúde, nas quais os idosos são incentivados a praticar atividades físicas frequentes, como ir ao mercado ou fazer um passeio a pé.
O consumo de remédios das participantes da pesquisa foi avaliado por meio do cadastro da Secretaria Municipal da Saúde de São Caetano do Sul. Na base de dados estão registradas informações relevantes sobre todos os participantes do Programa de Saúde da Família, incluindo os medicamentos consumidos regularmente.
Economia de medicamentos
Segundo Guiomar, os resultados do estudo poderão subsidiar políticas públicas que incentivem a atividade física visando à prevenção e controle das doenças crônicas associadas ao envelhecimento, reduzindo despesas com medicações e internações.
"Podemos perceber a importância desse estudo ao constatar que o idoso consome, no mínimo, cinco medicamentos associados a doenças ligadas ao envelhecimento", disse a orientadora.
A relação causa e efeito entre atividade física e consumo de medicamentos ainda está sendo estudada. A redução dos níveis de pressão arterial proporcionada pela atividade física é uma das hipóteses levantadas pelo estudo de Silva, uma vez que a doença é uma das mais comuns entre a população idosa, estando presente em mais da metade das pessoas acima de 60 anos.
O diabetes, com prevalência de 25% entre idosos, é outra enfermidade afetada pelo nível de atividade física. "Há estudos indicando que exercícios respiratórios aumentam a sensibilidade do organismo à insulina", comentou a professora da Unifesp.
Esse efeito é importante para as pessoas em cujos organismos a insulina não atua de maneira eficiente. "A resistência à insulina tem alta prevalência na população idosa e se caracteriza pela menor resposta à insulina, com aumento discreto da glicemia e da insulinemia. Estes fatores juntos contribuem para a obesidade e o aumento do risco de doenças cardiovasculares", disse
As mulheres são as que mais se beneficiam da prática de atividades físicas, no caso levantado em São Caetano do Sul. Guiomar conta que a pesquisa se restringiu ao público feminino porque ele representa a grande maioria dos participantes do programa.
A professora ressalta que não são completamente conhecidas as razões que levam a menor participação masculina nessas atividades. "Sabemos que a mulher tem expectativa de vida um pouco maior do que a do homem, aumentando a frequência de mulheres viúvas e sozinhas, porém esse fato não explica a absoluta ausência masculina", disse
Segundo Silva, o estudo destaca o fortalecimento da medicina preventiva, área que se encontra em crescimento e tem laços com a educação física. "A prescrição de medicamentos ainda é preponderante na prática médica. Podemos diminuir esse consumo de remédios com métodos de prevenção baratos e simples como a atividade física", sugeriu.
Fonte:AGENCIA FAPESP 28/7/2010
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quarta-feira, 28 de julho de 2010
BRASIL SÓ PERDE PARA OS E.U.A EM RELAÇÃO AO NÚMERO DE ACADEMIAS.
Uma combinação entre aumento da renda da população e disseminação de um estilo de vida saudável, aliada à definição do Brasil como sede dos dois mais importantes eventos esportivos do mundo está aquecendo negócios ligados a atividades físicas no País. De 2007 para cá, o número de academias no Brasil dobrou para 15.551, deixando o País atrás apenas dos Estados Unidos. O setor gerou receitas de US$ 1,11 bilhão no último ano.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
CREATINA AGORA ESTA LIBERADA!!!
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) anunciou a liberação da creatina como alimento para atletas e não mais como medicamento tarjado.Segundo Érico Caperuto, diretor técnico do Instituto de Ciência em Nutrição e Perfomance, a creatina não possui efeitos colaterais e não faz mal à saúde. Além disso, em nenhum outro país ela foi proibida. Para entender melhor o que essa substância faz no organismo, Caperuto explica: "A creatina aumenta a ressíntese de ATP, a primeira fonte de energia do organismo, que dá pique para o corpo durante 10 segundos (em média) em um esforço máximo. "Segundo ele, qualquer um pode consumir creatina, mas a indicação clássica é para indivíduos que fazem exercícios de curta duração e alta intensidade. Embora a substância seja vendida sem prescrição médica, ela sempre deve ser indicada por um nutricionista, pois provoca aumento de peso.
Nunca utilize suplementos sem orientação profissional, você pode causar danos ao seu organismo, procure profissionais capacitados e habilitados, para prescrição de suplementos, acompanhados por médicos e nutricionistas, pois o mesmo deverá acompanhá-lo enquanto utiliza, pois os excessos, podem causar danos em diversos órgãos, entre eles estão os rins. Determinados profissionais da saúde não estão capacitados para prescrição de suplementos, independente de ser ou não uma substância liberada para o consumo.
Ass: Thabyda
SÓ DIETA NÃO ADIANTA PARA EMAGRECER!
Segundo estudo realizado na Universidade do Estado de Oregon, nos EUA, e publicado no American Journal of Physiology, a redução de calorias, feita por meio de dietas, não o suficiente para garantir uma redução no peso de forma significativa. Isso porque um mecanismo compensatório natural faz que a pessoa reduza insconscientemente a atividade física em reposta a redução das calorias disponíveis.
A análise foi feita com 18 fêmeas de macacos rhesus, submetidas a uma dieta rica em gordura por vários anos. Após essa fase, passaram a ingerir alimentos com baixo nível de gordura, o que representou um redução de 30% na ingestão de calorias.
O peso e os níveis de atvidades físicas dos animais foram monitorados e não houve diminuição de peso de forma significativa ao final do mês. Para Judy Cameron, coordenadora da pesquisa, o estudo comprova que há um mecanismo natural do organismo que conserva energia em resposta a uma redução nas calorias ingeridas.
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