terça-feira, 16 de julho de 2013

CONSUMO DE PROTEÍNA PODE SER PREJUDICIAL À SAÚDE



Aumento no consumo proteico pode engordar e causar danos nos rins, segundo nutricionistas.  

Ela está presente em diversos alimentos, como grãos, laticínios e carnes e fazem sucesso entre o público das academias. Estamos falando das proteínas, nutriente que, segundo a nutricionista clínica e esportiva Tatiane Cardoso Viana, coordenadora comercial e docente de os cursos de extensão universitário da Ser Saudável (www.sersaudavelnutricao.com.br), se tornou uma obsessão pelas pessoas, mesmo sem saber o que a palavra significa.

Quantidade e qualidade

Diz o ditado que “tudo que é demais, sobra” e com as proteínas não é diferente. Essenciais para o organismo, elas devem ser ingeridas na quantidade ideal para que não haja falta – o que dificilmente vai acontecer – ou excesso proteico no organismo.

A nutricionista esportiva Miriam Loiola, coordenadora técnica da NeoNutri Suplemento Alimentar (nutricionista@neonutri.com.br), ensina que as proteínas devem ser consumidas em quantidades diferentes por sedentários e praticantes de atividade física. “Para os primeiros, a quantidade recomendada é de 0,8 g por quilo de peso corporal ao dia, enquanto que para quem se exercita, a quantidade varia de 1 a 2,4 g de proteína por quilo de peso corporal ao dia, dependendo da intensidade e do objetivo dos treinos.”

Tatiane reforça que mesmo para indivíduos com grande massa muscular, o consumo de proteínas não ultrapassa 2 g por quilo de peso ao dia, “ou seja, um indivíduo de 80 kg não consegue utilizar mais do que 160 g de proteína por dia. O que ele consumir a mais, os rins terão de eliminar. Além disso, a ingestão em excesso de proteínas não implica em maior síntese proteica”.

E é preciso atenção com o que colocamos no prato. Aumentar o consumo de proteínas de forma desregulada e sem orientação profissional pode ser perigoso para a saúde. Miriam conta que “em curto prazo, pode haver desidratação, caso o excesso não seja acompanhado de maior ingestão de água. Em longo prazo, o aumento de proteínas pode acarretar na sobrecarga renal para a excreção de resíduos do metabolismo do nutriente, causando cálculos renais ou mesmo insuficiência renal”. E não para por aí. A ingestão exagerada de proteínas pode levar à perda acentuada de cálcio, que causa osteoporose, gota pela elevação dos níveis de ácido úrico no organismo e até à resistência periférica à insulina, aumentando os riscos de diabetes.

Vegetal x animal
As proteínas podem ser vegetais (da lentilha, feijão, ervilha, soja, grão-de-bico) ou animal (carnes
bovina, suína, frango, ovos e peixes). Ambas são fontes de aminoácidos essenciais, que não são produzidos pelo organismo, mas em quantidades diferentes. As fontes de proteína animal, segundo as duas nutricionistas, são fontes de proteína de alto valor biológico, ricas em aminoácidos essenciais. Já aquelas que são vegetais, se consumidas isoladamente, são incompletas, porque não fornecem todos os aminoácidos essenciais que precisamos, sendo necessário uma atenção maior com o equilíbrio da dieta.

Tatiane lembra que os dois tipos de proteína não se equivalem. Assim, uma pessoa que não ingere proteína animal precisaria comer maior quantidade de proteína vegetal para ter o mesmo peso biológico, só que o alimento de proteína vegetal pode apresentar grandes quantidades de calorias e gorduras, colocando o objetivo de emagrecer a perder. 


FONTE: PORTAL EDUCAÇÃO FÍSICA

Um comentário:

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