sexta-feira, 15 de julho de 2011

EMAGRECER X QUALIDADE DE VIDA ?? O QUE INCOMODA NO MEU CORPO X MINHA SAÚDE NÃO ESTÁ BEM ??




 FALAR SOBRE EMAGRECIMENTO PARA PESSOAS QUE BUSCAM A AUTO ESTIMA RELACIONADO A UM PADRÃO DE ESTÉTICA, SEM SE PREOCUPAR COM A QUALIDADE DE VIDA E A SAÚDE SEMPRE SERÁ UM DIÁLOGO PREOCUPANTE





COSTUMO DIZER QUE NÃO ADIANTA ESTAR MAGRA, SE ESTIVER DOENTE,  COM ANEMIA, DESIDATRATAÇÃO, DOENÇAS METABÓLICAS ENTRE OUTRAS, É NECESSÁRIO BUSCAR INFORMAÇÕES, AJUDA, ACOMPANHAMENTO PROFISSIONAL, ESTAR DISPOSTO A MUDANÇAS, PARA QUE OS RESULTADOS DE ATIVIDADE FÍSICA E DIETA ESTEJAM DENTRO DO ESPERADO PELO INDIVÍDUO. SER MAGRO NÃO SIGNIFICA SER SAUDÁVEL É REPENSAR O QUE ESTÁ FAZENDO PARA ATINGIR O OBJETIVO DE UM CORPO ESBELTO, MAS SEM COMPROMETER A SAÚDE.







Quando eu emagrecer, todos os homens do mundo vão olhar pra mim e vou arrumar um emprego incrível. Todos os meus problemas vão desaparecer”, este era o pensamento da analista de marketing Joana Cannabrava quando estava alguns quilos acima do ideal. Ela emagreceu treze quilos, mas a vida não se tornou o paraíso que imaginava. Joana não está sozinha em sua idealização: muitas mulheres dividem essa esperança de que, quando a barriga sumir e o culote desaparecer, junto com eles vão todas as dificuldades da vida.



A psicanalista especialista em transtornos alimentares e obesidade Maria Elizabeth Gatto afirma que os problemas existenciais definitivamente não se resolvem com a perda de peso. “É claro que emagrecer tem vários benefícios. A saúde melhora, normalmente, a autoestima também. Além disso, os mais gordinhos sofrem bastante preconceito. Com o emagrecimento, certas questões ficam resolvidas.”




Só que depositar na perda do peso uma esperança de mudança de vida radical é irreal. “Normalmente, a busca pelo corpo esbelto e magro já começa fantasiosa. Mas os problemas existenciais não se resolvem com o problema de peso”, diz. “Nem tudo melhora com o emagrecimento, senão nenhum magro teria depressão, por exemplo”.



Joana conta que batalhou muito para deixar para trás os odiados quilos a mais na balança. Mas, depois que atingiu o pesou ideal, veio o baque da realidade. “Eu desabei. Quando eu estava com o corpo que sempre quis, percebi que tinha acabado com minha autoestima”, conta. Isso aconteceu, segundo ela, porque a obsessão pelo emagrecimento fez com que deixasse de enxergar qualquer outro lado seu. Para ela, estava sempre feia.



A história da fisioterapeuta Paula Crivelaro, 32, é diferente. Ela decidiu fazer a cirurgia bariátrica e perdeu mais de 40 quilos. “Eu tinha alguns problemas pontuais de saúde, mas sofria mesmo era com a parte estética. Mesmo assim, quando decidi pela operação, estava consciente que minha vida ia continuar igual ao que sempre foi.”


Ela conta que se sente mais feliz e disposta, mas continua correndo atrás do que quer. “Tudo que eu esperava que acontecesse, realmente aconteceu. Mas minhas expectativas eram relacionadas ao meu corpo e saúde. Já vi pessoas que emagreceram achando que iam arrumar namorado ou comprar uma casa. Isso não acontece!”.


O grande problema, de acordo com a especialista em medicina estética e emagrecimento Dora Ullmann, autora do livro “O Peso da Felicidade – Ser Magro é Bom, Mas Não é Tudo” (RBS Publicações), é que ao enxergar modelos e atrizes magérrimas e bem sucedidas, algumas pessoas acham que as duas coisas sempre vêm juntas. “Magreza não é sinônimo de sucesso, embora pareça, com tantas mulheres lindas e famosas que vemos o tempo todo na mídia”.


Perspectiva irreal

Dora explica que é comum as pessoas culparem características físicas como causadoras de problemas, quando na verdade a raiz da dificuldade pode estar em outro lugar. “Quando a pessoa tem uma perspectiva irreal de como será sua vida depois de emagrecer, cabe ao médico identificar isso e explicar que certas coisas não vão se alterar.”



“Buscamos reduzir expectativas muito altas que os pacientes tenham, mas nem sempre isso é absorvido”, pondera Maria Elizabeth. No caso de Paula ela ouviu as recomendações médicas com muita atenção. “Meu médico explicou que não adiantava pensar que nunca mais eu ia tomar refrigerante ou comer um lanche mais gorduroso. Ele preferia nem me operar se eu não fosse bem ‘pé no chão’ e entendesse que ia ter uma vida normal, com altos e baixos, mesmo depois de emagrecer. Eu sabia que as coisas não iam cair do céu”, conta.



Visão fragmentada de si mesma

Era justamente essa consciência que Joana não tinha. A obsessão por ser magra trouxe junto a ilusão de que só isso importava. “Eu não conseguia ver se meu cabelo estava bonita, se minha maquiagem era bacana. Só enxergava gorda ou magra.” Depois de cair em depressão, resolveu procurar ajuda.


Maria Elizabeth explica que a comida tem uma função muito importante na vida das pessoas que apreciam um bom prato. Justamente por isso é comum que a depressão apareça após um processo de emagrecimento. Ela diz que procura sempre trabalhar a mudança de foco: a busca por prazer em outras atividades é essencial, já que o alimento não é fonte mais de alento.

Fonte: Portal Educação Física 





SE VOCÊ QUER EMAGRECER COM SAÚDE E QUALIDADE VIDA, NÃO FAÇA DIETAS MALUCAS, USO DE MEDICAMENTOS, PRODUTOS, QUE COMPROMETAM SUA SAÚDE, BUSQUE PROFISSIONAIS QUALIFICADOS PARA AS DEVIDAS ORIENTAÇÕES, EMAGRECER SEM ATIVIDADE FÍSICA, ALIMENTAÇÃO INADEQUADA É POSSÍVEL MAS AS CONSEQUÊNCIAS SERÃO GRAVES, PORTANTO CUIDE-SE E CUIDADO COM AS PROPAGANDAS QUE MOSTRAM FACILIDADES NESTAS CONQUISTAS.



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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Capacidade multitarefa do cérebro diminui com a idade

Capacidade do cérebro em ignorar informações irrelevantes diminui com a idade.




 
A capacidade de realizar mais de uma tarefa ao mesmo tempo cai à medida que o homem envelhece. Uma nova pesquisa aponta que o motivo pelo qual pessoas mais velhas têm mais dificuldade em alternar tarefas está nas redes neurais.

Lidar com múltiplas tarefas envolve a memória de curta duração, que define a capacidade de manter e manipular uma determinada informação em um período de tempo.

Essa memória de trabalho é a base de todas as operações mentais, de decorar um número de telefone a digitá-lo em um aparelho, de manter o ritmo de uma conversa a conduzir funções complexas como raciocinar ou aprender.

"Os resultados do estudo sugerem que o impacto negativo das múltiplas tarefas na memória de trabalho não é necessariamente um problema com a memória, mas deriva de uma interação entre atenção e memória", disse Adam Gazzaley, professor da Universidade da Califórnia em San Francisco, um dos autores do estudo que será publicado esta semana na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Multitarefa em declínio

De acordo com o estudo, a dificuldade em realizar mais de uma tarefa em um mesmo período de tempo está no momento de alternar entre uma atividade e outra.

O problema fundamental não são as próprias tarefas ou as interrupções, mas as distrações. A pesquisa indica que a capacidade do cérebro em ignorar informações irrelevantes cai com a idade e que isso impacta na memória de trabalho.

O estudo reforça que as "coisas da idade", como costumam ser chamados episódios comuns de distração e esquecimento, têm um impacto maior em indivíduos mais velhos.

Os pesquisadores compararam a memória funcional de jovens saudáveis (com idade média de 24,5 anos) e de idosos também saudáveis (com média de 69,1 anos) em testes envolvendo diversas tarefas simultâneas.

Capacidade de concentração

Por meio de imagens de ressonância magnética, analisaram o fluxo sanguíneo nos cérebros dos participantes de modo a tentar identificar as atividades de circuitos e redes neurais.

Os participantes tinham que observar uma determinada cena e fixá-la por 14,4 segundos. Durante o período, entrava uma interrupção, na forma da imagem de um rosto, e os voluntários tinham que determinar o sexo e a idade estimada da pessoa. Em seguida, tinham que lembrar a cena original.

Os mais velhos mostraram maior dificuldade em fixar a imagem original. Os exames de ressonância mostraram que quando os participantes eram interrompidos, o processo de fixação da memória dava lugar ao próprio processamento da interrupção.

Os mais jovens conseguiam restabelecer a conexão com a rede da memória após a interrupção, desligando-se da imagem que apareceu no meio do teste. Já os mais velhos, na média, tiveram dificuldade tanto para se desligar da interrupção como para restabelecer a rede neural associada com a memória da cena original.

"O impacto das distrações e das interrupções revela a fragilidade da memória de trabalho. Esse é um fato importante a se considerar, uma vez que vivemos em um meio em que cada vez há mais interferências e exigências, como o aumento na quantidade de dispositivos que transportam informação", disse Gazzaley.

Agência FAPESP
















quinta-feira, 24 de março de 2011

Ortorexia o impulso por comer comidas saudáveis e praticar exercícios físicos

Transtorno pode preceder a anorexia e a bulimia. Conceito é novo e preocupa especialista.

O britânico Sam Monkhouse sofre de um distúrbio alimentar que deixa pacientes obsessivos por comer alimentos saudáveis e fazer muitos exercícios físicos. Especialistas afirmam que a ortorexia pode levar a outros transtornos como a anorexia e bulimia.




Monkhouse de 21 anos, da cidade inglesa de Portsmouth, diz prestar muita atenção ao que ingere por desejar ter um bom corpo. "Sigo uma dieta rica em proteínas, sem carboidratos", diz ele.



Rotina



Monkhouse, que é funcionário de uma fábrica, conta que faz exercícios durante os intervalos que tem no trabalho.



"Eu treino duas vezes por dia, sete dias por semana. Na fábrica, durante meu horário de almoço, levanto pesos, faço abdominais e flexões", diz ele. "Quando vou para casa, corro por 45 minutos e faço mais exercícios de alto impacto. Ao todo, devo gastar mais de duas horas diariamente me exercitando."



Apesar de considerar "horrível" o gosto de queijo cottage, ele diz que almoça o laticínio magro (feito com coalhada e com média de apenas 4% de gordura) diariamente.



"Em 90% do tempo, como apenas queijo cottage, iogurte natural, ovos e frango", diz. "Se como um hambúrguer, coisa que acontece muito raramente, sinto que tenho que queimar o que comi imediatamente porque sei que se transformará em gordura que não quero no meu corpo."



Vulnerabilidade



O Centro Nacional para Distúrbios Alimentares britânico (NCFED, na sigla em inglês) recebe mais de seis mil ligações e e-mails por ano de pessoas que sofrem de ortorexia.



Seus especialistas se dizem preocupados que muitos jovens possam ser vítimas de dietas falsamente saudáveis recomendadas em revistas e internet.



"Nos meus 30 anos de experiência, calculo que uma em cada dez mulheres e um em cada 20 homens sofra de ortorexia", diz a especialista do NCFED Deanne Jade.



"Não é apenas um desejo de comer de forma saudável, é algo que passa a dominar cada vez sua vida. Eu chamo a ortorexia a prima da anorexia. Pessoas com sinais de ortorexia podem desenvolver outras doenças e apresentar problemas de saúde graves no futuro", diz ela.



Da BBC



quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

DOPING GENÉTICO: UMA TENTAÇÃO PARA A COPA E OS JOGOS DO BRASIL

Até os Jogos Olímpicos de 2016, o Brasil terá condições de formar toda uma geração de atletas de alto desempenho e, como país sede, incrementar o investimento não apenas financeiro, mas também em equipamentos e conhecimento científico para fazer bonito no quadro de medalhas. É óbvio que o mesmo desejo de fazer bonito vale para a Copa do Mundo de 2014. Entretanto, existe um temor justificado de que atletas, treinadores e outros profissionais ligados ao esporte de competição recorram a técnicas menos lícitas para ampliar a performance para além dos limites fisiológicos.



“Nesta nova era, a da medicina genômica, o mapeamento e sequenciamento do DNA tornou possível rastrear o genoma humano com a intenção de identificar estes genes e as variantes genéticas que o afetam e, consequentemente, caracterizar geneticamente os ‘fenômenos’ do esporte de alto rendimento. Toda esta tecnologia laboratorial ainda tornou realidade a manipulação de genes, uma estratégia desenvolvida para fins terapêuticos, mas referida no mundo esportivo como ‘doping genético’”, escreveu o Prof. Rodrigo Gonçalves Dias (CREF 059988-G/SP) em artigo que acaba de ser publicado pela Revista Brasileira de Medicina do Esporte (Edição Jan/Fev 2011).


Rodrigo Dias é Profissional de Educação Física e doutor em Biologia Funcional e Molecular pelo IB da Unicamp. Sua pesquisa de doutorado, envolvendo genética e exercício físico, foi desenvolvida em conjunto com o Instituto do Coração (Incor) da USP, onde permanece como pesquisador. Atualmente, ele coordenada a linha de pesquisa “Análise Genômica dos Fenótipos de Boa Forma Física Relacionada à Saúde & Performance Física Humana” – abreviadamente “GENEs of HIGH Performance”, projeto em parceria com a Polícia Militar do Estado de São Paulo.





terça-feira, 11 de janeiro de 2011

JOVENS COM BONS HÁBITOS, ENVELHECEM COM BONS NÍVEIS DE COLESTEROL

Praticar exercícios físicos regulares, ter uma alimentação equilibrada, manter um peso saudável e não fumar na adolescência pode fazer grande diferença nos níveis de colesterol na idade adulta, segundo estudo publicado na edição de janeiro da revista científica Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine.

Acompanhando 539 pessoas desde o ano de 1985, quando tinham nove, 12 ou 15 anos, até o ano de 2005, pesquisadores australianos e finlandeses observaram que grande proporção daqueles que eram considerados de alto risco para dislipidemia (problemas de colesterol ou triglicérides) no início do estudo não apresentavam o mesmo perfil 20 anos mais tarde. E essa melhoria foi atribuída a mudanças positivas no estilo de vida.
Segundo os autores, os níveis de alto risco foram definidos como colesterol total de 240 mg/dL ou mais, LDL (colesterol ruim) de pelo menos 160 mg/dL, HDL (colesterol bom) de menos de 40 mg/dL, ou triglicérides de 200 mg/dL ou maior. E as pessoas que mantiveram esse perfil entre a infância e a idade adulta apresentaram maior ganho de gordura corporal, além de serem mais propensas a começar ou a continuar a fumar durante o acompanhamento. O mesmo ocorria com aqueles que mudaram de baixo para alto risco durante o estudo, apresentando também pior condicionamento físico do que adultos de baixo risco.
Os resultados indicaram, ainda, que o grupo de participantes que não melhorou nenhum fator do estilo de vida entre o final da infância e o início da vida adulta tinha o dobro da prevalência de baixos níveis de “bom” colesterol - 26,2%, contra 11,9% da média dos participantes. E aqueles que apresentaram melhora de pelo menos dois fatores de estilo de vida tiveram prevalência de baixos níveis de HDL de menos de um quarto da média do estudo.


“Nossas descobertas são importantes por duas razões. Primeiro, sugere que alterações benéficas nos fatores de risco modificáveis, como tabagismo e adiposidade, no período entre a juventude e a idade adulta têm o potencial de mudança para aqueles com níveis de alto risco de lipídeos e lipoproteínas no sangue na juventude”, escreveram os pesquisadores. “Segundo, elas enfatizam que programas preventivos direcionados àqueles que não têm alto risco na juventude são igualmente importantes se a proporção de adultos com níveis de alto risco for ser reduzida”, concluíram os especialistas.